Em 2006 dá-se início às primeiras atividades que mais tarde se tornariam o que hoje chamamos de Gincana Elcana. Segundo o relato do professor Ezequias, idealizador da gincana, as primeiras atividades eram recreações que envolviam apenas o fundamental I, entretanto, observando o interesse dos alunos do Fundamental II, decidiu expandir a ideia para todas as turmas.
O objetivo da gincana Elcana é a interação dos alunos nos campos recreativo, desportivo e cultural. Há sempre um tema escolhido para motivar a escolha de nomes e cores das camisetas dos integrantes da equipe. O âmbito sociocultural está presente na abertura, evento tão importante quanto a realização das demais atividades, que conta com apresentações de dança de todas as turmas do Fundamental II e Ensino Médio. Esse evento é aberto para alunos, familiares e amigos.
Certamente seria impossível realizar uma gincana bem-sucedida sem as mais clássicas de todas, as provas com água. E ninguém quer ficar de fora das tão disputadas e concorridas, as desportivas, que dependem intrinsecamente do trabalho em equipe entre os participantes. Além disso, a diversão é certa com as competições que criam as mais memoráveis lembranças na mente dos alunos, as provas recreativas.
A prova cultural é evidentemente a mais emocionante. As turmas se dedicam aos ensaios desde a aprovação das músicas, criam as coreografias e treinam até o último dia esperando conquistar o primeiro lugar na atividade. O evento de apresentação é um dia de muito entusiasmo para os “dançarinos”, os regentes e as famílias.
Depoimentos revelam o quão esse evento se tornou indispensável para o desenvolvimento interacional entre alunos e professores, bem como suas respectivas famílias, pois os relatos apresentam memórias e opiniões vistas de diferentes ângulos.
Professora Elizete participou da gincana nos dois níveis (I, II) da competição e nos relata que uma das principais diferenças entre a gincana do fundamental I e do fundamental II é que no primeiro é mais para a brincadeira e diversão, uma vez que é a semana deles. Já no fundamental II a rivalidade aflora, em que os adolescentes esquecem que devemos brincar e não brigar, mas também há muitos momentos divertidos e interessantes. O momento mais esperado pelos dois níveis é a abertura, que é o que dá início a competição.
Já o senhor Natan, que também foi diretor na instituição (2010 até 2018), conta que além de ajudar a organizar, sentia-se um participante da gincana como uma criança com responsabilidades. Cuidava de tudo, porém se alegrava muito. O ex diretor afirma que com a gincana os alunos aprendiam a competir, se divertir, a se ajudar, a conviver com as frustrações, além de aprender a trabalhar em equipe e a motivar os colegas. A gincana era um momento em que a comunidade escolar se reunia para celebrar a vida e o esporte.
A atual diretora Jheniffer ao planejar a gincana em 2020 se depara com algo inusitado, uma pandemia. Já imaginava sendo algo muito esperado por todos que frequentavam o colégio. Só não esperava ter que cancelar a gincana, pois os alunos criaram muitas expectativas. Teve como grande desafio fazer uma gincana de forma totalmente segura, tanto para os alunos quanto para a equipe que trabalha na escola. Normalmente em um ano sem pandemia o trabalho seria muito mais árduo, como tema, cores e camisetas. Jheniffer já participa das gincanas desde 2006, mas era tudo completamente diferente, quando participou era apenas com o fundamental I e distribuição de doces e algumas brincadeiras. A gincana foi evoluindo e ficando cada vez mais divertida. Este ano (2021) o que mais deseja é poder fazer o que não foi feito em 2020, mas não depende exclusivamente dela: “oro para que os dias de pandemia cheguem ao fim e novos sonhos e novas possibilidades sejam vividos com cada aluno e família. Acredito que a gincana Elcana é alegria, comunhão, união, proximidade e empatia”.
Arthur Guthiá, aluno hoje da 1ª série do Ensino Médio, explicou a razão pela qual optou pelo trabalho escrito “para mim, não participar da gincana se trata mais de não haver interesse nas atividades presenciais, do que preferir fazer um trabalho em si”. O estudante relata sobre a experiência em fazer essa semana em casa: “Foi uma semana comum sem aula, a única parte especial foi a realização do trabalho”. “Eram na maior parte trabalhos a respeito do tema da gincana”, acrescentou o aluno. Ao ser questionado sobre interesses futuros em participar da competição, ele afirma não ter vontade. Arthur termina dizendo: “porém, eu reconheço o carinho e dedicação dos realizadores e aprecio todo o esmero e capricho colocado nesse projeto”.
– Essa é uma produção textual desenvolvida pelos alunos do Ensino Médio Elcana, nas aulas de Produção de Textos Técnicos do IFEL – Itinerário Formativo Elcana 2021 (Novo Ensino Médio), ministradas pela professora Cristina Macedo.